quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

VIKTOR FRANKL - REFLEXÕES SOBRE UM GRANDE PSIQUIATRA

Este texto foi redigido por ocasião do falecimento de Viktor Frankl, ocorrido em Viena, em 2 de setembro de 1997, aos 92 anos de idade. Era doutor Honoris Causa de 29 universidades da Europa, América e África, entre as quais a Universidade de Brasília – UnB (1988) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS (1984).
 Faleceu em setembro passado o prestigioso psiquiatra Viktor Emil Frankl. Era catedrático de Neurologia e Psiquiatria na Universidade de Viena, e professor de Logoterapia na Universidade Internacional de San Diego (Califórnia). Ocupou diversas cátedras nas universidades de Harvard, Stanford, Dallas e Pittsburgh. Autor de 27 obras, traduzidas para 23 idiomas, entre as quais “O Homem em Busca de Sentido”, “A Presença Ignorada de Deus” e “A Psicoterapia ao Alcance de Todos”. Foi o fundador da Logoterapia ou, como diversos autores a denominam, da “terceira escola vienense de Psicoterapia”, depois das de Freud (Psicanálise) e de Adler (Psicologia Individual).
Se a sua memória vem agora a estas linhas é porque considero sua obra como sendo de enorme interesse, tremendamente divulgativa e de uma pedagogia difícil de encontrar em outros autores.
Penso que se pode resumir o seu pensamento, contando com o perigo que há em todos os reducionismos, numa frase de Nietzsche que aparece de maneira insistente nos seus escritos: “Quem tem um porquê para viver, suporta quase qualquer como”. Sua experiência no campo de concentração nazista de Auschwitz, descrita nas pouco mais de cem páginas do seu livro “O Homem em Busca de Sentido”, bem como as reações psicológicas dos seus companheiros e sua capacidade de sobrevivência, nos mostram o sentido dessas palavras: os que tinham algo para amar profundamente, uma família, um Deus, uma esposa..., ou algo que somente eles deveriam realizar, eram os únicos que sobreviviam, pois para todos chegava um momento, difícil de superar, de esgotamento, de desespero e de abandono, e quem não contava com algo distinto de si mesmo porém dentro de si mesmo – sua transcendência – sucumbia diante da tentação do suicídio, de atirar-se contra as cercas ou simplesmente de jogar a toalha: deixar de lutar pela própria vida, que a essa altura parecia carente de sentido.
Isso é o que em resumidas contas nos queria transmitir o professor Frankl. Em face da Psicanálise de Freud, na qual impera um desejo de prazer – Sigmund Freud via no homem um ser natural, sem ter em conta o seu caráter espiritual, dirá Frankl –; perante da Psicologia individual de Adler, que centra toda a sua teoria no desejo de poder, no afã de valer, o fundador da Logoterapia interpreta o homem como um ser que em última instância e propriamente está buscando um sentido. Porque o homem está sempre orientado para algo que ele próprio não é: ou um sentido que realiza, ou outro ser humano com quem ele se encontra; o próprio fato de ser homem vai mais além dele próprio, e essa transcendência constitui a essência da existência humana. Essas palavras suas, incluídas numa conferência que pronunciou no XIV Congresso Internacional de Filosofia, em Viena (1968), nos trazem de volta o homem como ser transcendente, espiritual, no qual o encontro (o amor) e a realização (o cumprimento da própria missão) supõem a satisfação de um desejo de sentido existencial. Daí toma o seu sentido a frase de Karl Jaspers, que diz que o homem só se torna homem quando se dá aos outros.
Para Frankl a crise moderna deriva precisamente de um vazio existencial, que se manifesta através do conformismo (o homem só busca ou quer o que os outros fazem) ou do totalitarismo (só faz o que os outros querem), provocando uma atitude provisória diante da existência.
Mas não é somente nas situações extraordinárias que o homem deve transcender a si próprio: se assim fosse, tampouco nessas situações seria capaz de o fazer. É no dia a dia que o homem há de ter a clara consciência da sua missão pessoal. Encontrar (mais do que dar) um sentido para a sua vida, através da sua consciência, numa tarefa, num objetivo. A necessidade de saber que existimos para algo – ou para alguém – provoca a conseguinte atividade. Esse desejo de sentido pleno, abrangente, nos fortalece, servindo até mesmo de freio para a nossa desaparição existencial. Está demonstrado que as pessoas que se aposentam e depois não têm uma atividade substitutiva com valor psíquico igual ao da sua profissão, costumam adoecer cedo ou tarde. Até os animais têm mecanismos psíquicos parecidos, pois aqueles que “trabalham” nos circos, tendo portanto uma “tarefa” a fazer, vivem mais do que os animais que permanecem inativos.
A maturidade humana vem naturalmente quando seguimos a nossa consciência, que nos manda organizar o nosso futuro, e intervir sempre que seja possível; mas que também exige de nós a disposição para carregar, quando chegar a hora, o peso do nosso destino, e dar ao sofrimento uma orientação verdadeira.
Penso que Viktor E. Frankl, como tantos outros homens, encontrou e seguiu o sentido da sua vida, deixando-nos um horizonte aberto para podermos percorrer o nosso próprio caminho. Nossa tarefa agora será a de nos apropriarmos dessa sua maturidade.
Jesús Gallego

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

QUE LINDO!

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Para 2011 (Misa Ferreira)

PARA 2011
30/12/2010
Por Misa Ferreira
O ano e a década terminam deixando em nossa memória e em nossas vidas acontecimentos incríveis. Fatos que nos afetaram particularmente e outros tantos que, embora só assistíssemos pela internet e televisão, também nos deixaram impressas marcas indeléveis. O mundo mudou. Grande novidade, o mundo sempre muda. A Terra gira, marcando seu tempo, os povos declaram guerras, promovem a paz, derrubam muros e preconceitos, mas constroem outros, às vezes piores. E o universo parece assistir a tudo, num calmo e sábio silêncio que sabe que é assim mesmo.

Para 2011, sempre algumas metas, como não poderia deixar de ser. Mas não aquelas mais frequentemente lembradas como: emagrecer, deixar de fumar, caminhar mais, passar naquele concurso e por aí vai. Não, dessa vez vamos mais na trilha do espírito. Para isso, recorro aos filósofos, escritores, poetas e santos. Não há como errar.

Brigar menos com a gente mesmo, pensar menos no que poderíamos ter feito ou ter sido, aceitar mais. Fernando Pessoa dizia que “pensar é não compreender...” e que “o mundo não se fez para pensarmos nele, mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...” Bárbaro, não é? Sempre haverá coisas que não poderão ser mudadas, pelo menos para o momento, portanto, serenar. A maioria das pessoas vive ansiosa, desconhecendo a sabedoria das plantas e animais que se cumprem sem perguntas. É difícil, mas quem consegue, conhece a felicidade. Cecília Meireles já nos lembrava: “sede assim qualquer coisa serena, isenta, fiel. Não como os demais homens”.

Gosto muito dos conselhos dos santos. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia assim: “Bendito silêncio que tanta paz infunde na alma...” As palavras são importantes, é verdade, porém muitas vezes o silêncio diz mais, é mais compassivo. Então, aquelas verdades que sempre julgamos ser nosso dever dizer aos outros, segurar um pouco. Calar mais, ouvir mais. As nossas verdades nunca serão as dos outros. As pessoas podem se esquecer das belas palavras de consolo e incentivo que lhe falamos, mas nunca se esquecem de nossas palavras implacáveis, por mais cuidadosos que sejamos.  Costumam levá-las pela vida toda.

Ter sucesso é muito bom e geralmente todos gostam de brilho, porém sempre há um preço que se paga por isso. Santa Teresinha era tão menina e já sabia: “uma só coisa há neste mundo isenta de inveja – é o último lugar – só nele não se encontra vaidade e aflição de espírito...” Digamos que não necessariamente o último lugar. Minha mãe sempre nos lembrava de que não precisávamos ser os primeiros na escola, mas também não os últimos. Quem sabe um lugar assim no meio.

É isso aí. Para começar o ano, um pouco de aceitação, de silêncio e de equilíbrio. Mais uma coisa: perceber mais o próximo. Não é porque as pessoas estão sorrindo que não têm problemas. Ficaríamos estarrecidos se conhecêssemos suas tristezas não reveladas. Por fim, uma imagem para guardar desse ano que acaba: a da pequena cápsula que transportou os mineiros chilenos da caverna para o mundo. Recebeu o nome de Fênix, aludindo à lendária ave que ao atear-se fogo para renascer das cinzas, preserva a esperança no mundo, esperança que nunca deverá morrer.

domingo, 2 de janeiro de 2011

COMPUTAÇÃO NAS NUVENS

O que é Computação em Nuvens?
Em breve seu computador estará nas nuvens
·         Por Eduardo Karasinski
·         15 de Outubro de 2008
A computação nas nuvens, em inglês chamada de “cloud computing”, é uma tendência na internet do futuro. Mas você sabe o que significa essa expressão?

Acredita-se que no futuro ninguém mais precisará instalar nenhum software em seu computador para desempenhar qualquer tipo de tarefa, desde edição de imagens e vídeos até a utilização de programas de escritório (Office), pois tudo isso será acessível através da internet.

Estes são os chamados serviços online. Ou seja, você simplesmente cria uma conta no site, utiliza o aplicativo online e pode salvar todo o trabalho que for feito para acessar depois de qualquer lugar. É justamente por isso que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicativos a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet.

O Google é uma empresa que acredita muito de que isso já está se tornando realidade, pois já traz uma porção de aplicativos que rodam diretamente em seu navegador. Dentre os mais famosos serviços do Google podemos citar:

GMail e Google Talk: o GMail em si já pode ser considerado um cliente de email, pois traz uma porção de funções para organizar não só emails, mas também os arquivos que são recebidos junto com ele. Também possui filtros de mensagens e incorpora o seu mensageiro oficial, chamado Google Talk.

Google Maps: é o parente mais próximo e simples do Google Earth. Através dele você também pode navegar para qualquer lugar do mundo digitando uma referência. Além disso, permite que você crie trajetos para andar de carro pela sua cidade partindo de um ponto e tendo uma certa localização como destino.
Google Docs: com uma porção de ferramentas no estilo Office, você pode acessar um ótimo processador de textos (como o Word), uma ferramenta para planilhas (como o Excel) e até mesmo criar e visualizar apresentações de slides (como o PowerPoint).